Banido do futebol profissional por dois anos, o atacante Max vai tentar reduzir sua punição. O ex-jogador do América-RN volta ao pleno do STJD às 11h desta quinta-feira. O recurso foi adiado no último dia 28 porque o auditor-relator do caso, Miguel Ângelo Cançado, estava com dengue.
Através de recurso, Max tenta diminuir sua pena nesta quinta-feira (Foto: Jocaff Souza)
O atleta, a psicóloga que o acompanha e o advogado Osvaldo Sestário estarão no julgamento, no Rio de Janeiro. De acordo com o vice-presidente jurídico do América, Diogo Pignatário, as chances de redução da pena em até um ano e meio são grandes.
- A gente pediu esse recurso para diminuir essa penalidade de dois anos para seis meses ou pelo menos um ano. Vamos apresentar exames laboratoriais e laudos da psicóloga. Estamos otimistas que vai dar certo – disse.
Setor jurídico do América-RN acredita na redução
da pena (Foto: Jocaff Souza)
Pignatário destacou a boa conduta de Max desde que o caso foi estourou. Para ele, esse fator, aliado a alguns precedentes abertos pelo Tribunal e as revisões que foram feitas nos regulamentos anti-doping da CBF e da Fifa, podem garantir o sucesso do recurso.
- Em casos parecidos com o de Max, quando já foram comprovados que não se tratava de um dependente químico, foram reduzidas as penas. Foi um uso esporádico, e se trata de uma droga social. Diante dessas circunstâncias, e pelo fato de que desde o acontecido ele continua treinando, é o primeiro a chegar e último a sair, acreditamos na redução - finaliza.
O caso
O atacante foi suspenso do futebol por dois anos por uso de cocaína, após julgamento realizado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva, no dia 9 de novembro de 2012. Por maioria de votos, o jogador de 29 anos pegou a pena máxima prevista pelos artigos 2.1 e 2.1.1 do Código Mundial Antidoping, e também foi multado em R$ 1 mil por infração ao artigo 220-A. Max foi flagrado no exame antidoping na vitória por 2 a 1 sobre o Ipatinga, pela 12ª rodada da Série B, no dia 20 de julho.
Na ocasião, Max confirmou o uso da droga em momento que estava desempregado, antes do acerto com o América e disse ter sido "um momento de fraqueza". O clube rescindiu o contrato do jogador, mas manteve as portas abertas para que o mesmo realize treinamentos e mantenha a forma física.
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