sábado, 29 de setembro de 2012

Guarani e América-RN não saem do zero e veem G-4 ainda mais longe

A irregularidade que acompanha Guarani e América-RN durante a Série B do Brasileiro esteve presente também no duelo deste sábado, no Brinco de Ouro, em Campinas. Após um primeiro tempo para esquecer, os times melhoraram na etapa final, principalmente o Bugre, mas não foi suficiente para tirar o 0 a 0 do placar. O empate, pela 27ª rodada, foi um choque de realidade e deixa as equipes ainda mais distantes do sonho do acesso à elite nacional.

O Guarani, que saiu de campo vaiado pelos 2.213 pagantes que foram ao estádio, completou o terceiro jogo seguido sem vitória e chegou aos 36 pontos, ainda na 11ª colocação. Invicto há duas partidas, o Mecão aparece logo acima, em décimo, com 40 pontos, a nove do São Caetano, que abre o G-4. O único alento é que a diferença para a turma de cima não aumentou, graças à derrota do Azulão para o Azulão.

Os times voltam a campo na próxima sexta-feira. O Guarani visita o desesperado Ipatinga, em Minas Gerais, enquanto que o América-RN recebe o CRB. Ambos os confrontos estão marcados para as 19h30.

Times ficam devendo no primeiro tempo
As cinco mudanças em relação ao jogo anterior (Emerson, Fernando, Jackson, Rafael Costa e Clebinho) não surtiram o efeito desejado por Vadão no Guarani. Com três volantes, o América-RN priorizava a marcação e deixava para atacar apenas na boa. Para completar, o péssimo estado do gramado do Brinco prejudicava a evolução das jogadas. O resultado foi um primeiro tempo fraco tecnicamente, principalmente no início, com muitos erros de passe.

O primeiro chute a gol saiu apenas aos 15 minutos. Foi do Guarani, com Clebinho, mas a finalização saiu fraca e facilitou a defesa de Thiago. A resposta do América-RN foi imediata. E mais perigosa. No lance seguinte, Isac ganhou na corrida dos dois zagueiros do Guarani, bateu cruzado, mas Emerson salvou o Bugre com a ponta dos dedos.

O Guarani tinha mais posse, mas as chegadas efetivas eram raras. O América marcava forte e, jogando em função dos erros do Bugre, tentava sair rápido para o ataque, quase sempre na base de lançamentos que paravam no peito de Rodrigo Arroz ou Fernando. Um lance de Ewerton Pereira, aos 30 minutos, refletiu o futebol apresentado pelas equipes.

Em um contra-ataque, eram quatro do Mecão contra três do Guarani, mas o volante demorou para decidir o que fazer com a bola e, quando passou, tocou curto, permitindo a recuperação. O nível melhorou um pouco nos minutos finais, e os times ainda tiveram uma chance cada de ir para o intervalo em vantagem.

Primeiro, Isac, em jogada semelhante à do início da partida, recebeu na corrida, dominou e disparou. O chute cruzado passou por Emerson e saiu à direita. Depois, o Guarani teve nos pés de Danilo Sacramento a melhor oportunidade da etapa inicial. O meia recebeu na ponta esquerda, dentro da área, ameaçou bater, cortou o marcador, esperou Thiago escolher o canto e bateu. Mesmo caído, o goleiro esticou as pernas e evitou o gol.

A chance de Sacramento, porém, não foi suficiente para mudar a impressão negativa que os times deixaram. O fraco futebol revoltou a torcida. Na saída para o vestiário, vaias e pedidos de raça ecoaram das arquibancadas. 

Guarani melhora, mas perde chances incríveis
Apesar do primeiro tempo abaixo da média, as equipes voltaram do intervalo sem mudanças. Pela necessidade da vitória, Guarani e América saíram mais para o jogo, deixando espaços. Jogando pelas laterais, o Guarani tomou a iniciativa. Aos cinco minutos, o Bugre chegou perto de marcar. Bruno Recife tabelou com Danilo Sacramento e cruzou na medida para Júnior Negrão. Antes do atacante, porém, um leve desvio de Thiago com as mãos foi suficiente para tirar o tempo de bola do camisa 9 bugrino, que furou o chute, já com o gol vazio.

Quatro minutos depois, Júnior Negrão desperdiçou outra chance clara, em novo cruzamento de Bruno Recife. Desta vez, porém, não teve desvio do goleiro para atrapalhar. O atacante apareceu livre na pequena área, sem ninguém à frente, mas o toque passou por cima, em um lance digno do quadro ‘Inacreditável Futebol Clube’.

Na sequência, Júnior Negrão arriscou da intermediária, isolou, e a torcida perdeu a paciência com o atacante. A bronca aumentou quando o América chegou duas vezes com perigo, logo depois. Em uma delas, Júnior Negrão foi protagonista. Primeiro, o Mecão assustou em jogada criada por Philip e Pingo, que haviam acabado de entrar. O arremate de Pingo passou perto da trave esquerda de Emerson, com direito a desvio. Na cobrança de escanteio, Júnior Negrão, tentando ajudar a defesa, quase piorou a situação: ele tocou contra e acertou a trave.

Passados os momentos de emoções, a partida voltou a ficar morna. Para dar novo gás ao Guarani, Vadão fez as três substituições de uma vez só: entraram Dener (estreante), Fumagalli e Ronaldo e saíram Jackson, Clebinho e Júnior Negrão, respectivamente. As alterações deixaram o Bugre com quatro meias de criação e apenas um homem de referência – Ronaldo.

O domínio alviverde cresceu. Aos 32 minutos, Fumagalli lançou Oziel, que foi à linha de fundo, ergueu a cabeça e encontrou Bruno Recife sozinho do outro lado. O lateral-esquerdo recebeu na frente de Thiago, mas pegou fraco e mandou para fora mais uma chance preciosa. E a torcida do Bugre teve mais motivo para lamentar aos 42 minutos, quando Oziel cruzou, Ronaldo se antecipou à defesa, mas errou o desvio na cara de Thiago, sacramentando o empate sem gols no Brinco.



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